sexta-feira, 20 de setembro de 2013

E a cegonha encontrou meu endereço...



 Depois de noites e noites sem dormir se perguntando "será?", enfim vai à farmácia, compra um testezinho e após os cinco minutos mais longos da vida: aparecem as duas temidas listras... não uma, mas duas!
  É meu bem, tem um bebê crescendo aí dentro!
  Mas existem coisas que ninguém conta pra gente, tem coisas que ninguém avisa.
  Eu hoje estou com exatamente 8 semanas e 3 dias de gestação. Não foi planejado, veio de surpresa, quase um ninja contornando os obstáculos. Mas se perguntarem se estou feliz... sim, muito!
  Um tipo de felicidade estranha que consegue sobreviver e se sobressair mesmo em meio a dias infernais.
  Aquela magia toda que sempre ouvi falar é mito, ou sei lá, talvez venha depois que os 3 primeiros meses passarem, mas a impressão que tenho agora é que não vai chegar nunca esse dia, onde eu vou acordar e passar um dia todo me sentindo bem.
  Imagine acordar no meio da noite porque o enjoo não te deixa dormir, logo de manhã ter que enfrentar um dos maiores inimigos: a escova de dentes! Quem não passou por isso não tem como imaginar o quanto é torturante o simples ato de escovar os dentes. E comer, nossa eu adorava comer..agora é um desafio, ficar 40 minutos em frente a meio sanduíche tentando me convencer a cada mordida: eu preciso, eu preciso. A hora do banho parece uma maratona, caaaansa. E sabe aquele perfume maravilhoso que fazia quase flutuar quando sentia? Pode se tornar um veneno que te leva correndo pro banheiro chamar o melhor amigo que vai ter nessa fase...o famoso Hugo... O sono não te abandona nenhum segundo, mas na hora de dormir..de que jeito? De que lado? Se de um jeito aumenta o enjoo, de outro a dor nos seios parece que vai te rasgar no meio... é, não é fácil.
  E então, no meio desse pesadelo todo, um dia acordo sem enjoo, um milagre! E em vez de aproveitar o dia..não, o desespero toma conta, as lágrimas já correm pelo rosto (porque agora nem importa mais se está no ônibus, no trabalho ou onde quer que seja, o choro vem e pronto). Porque um dia você leu na internet que se a mulher tem bastante enjoo a chance de perder o bebê é menor...e onde está meu enjoo? Onde está meu bebê? A dor toma conta mesmo sem nada ter acontecido além de "bem-estar".
  Além de todos os sintomas físicos, vem todo o turbilhão emocional.. será que vou ser boa nisso? Será que meu anjinho vai saber o quanto eu o amo, vai entender o tamanho do esforço que estou fazendo simplesmente por querer o bem dele? Será que vou enfrentar tudo isso sozinha? Será? "Serás"....
  O futuro se torna algo muito assustador, o medo de não conseguir, as dúvidas de como vai ser, o receio de que o futuro papai não aguente o medo e fuja, te deixe sozinha..sozinha...sozinha...
  Por incrível que pareça a solidão parece tomar conta de tudo e ao mesmo tempo você sabe que nunca mais vai estar sozinha... e se eu quiser minha solidão? e se eu não aguentar um segundo longe? e se eu mudar muito? e se eu não mudar o suficiente? Medo...medo..medo...
  Apenas 8 semanas, 2 meses... Nunca imaginei passar por tantas emoções em tão pouco tempo, nunca imaginei que pouco mais de 60 dias me fizessem entender o sentido da vida, o sentido de tudo o que eu via e não entendia...
  Agora não vivo mais por mim..não por opção, mas porque há 63 dias é só o que consigo...tudo que penso é no que vai ser bom pro meu nenê, o que eu preciso fazer por ele...o que mais eu posso fazer pra que ele seja feliz...
  Gostos mudam, vícios somem, sorrisos mudam...o amor toma conta, medindo apenas 20mm já me fez ser toda amor...amor por ele ou ela...amor por aquele que me deu esse presente...amor a Deus por me dar essa chance...
  Amor, amor, amor...de um jeito que nunca entendi, de um jeito que nem sei sentir...

domingo, 16 de junho de 2013

Encantos

  

  Me apaixono por olhos que mudam de cor, olhos que brilham, olhares que mostram ternura e traduzem desejos. 

  Gosto de barba por fazer e de quem se esforça e aguenta a coceira dela crescendo só pra me agradar, mesmo que por um dia ou dois. 
  Gosto de cabelo cuidadosamente desalinhado. Gosto de abraços, beijos, mordidas e mãos dadas.
  Me encanta quem me ouve discursar sobre a beleza de um solo de guitarra, mesmo que não toque um único acorde.
  Gosto de sapos que não tem pretensão de tornarem-se príncipes, porque a realeza não tem sal, não tem tempero, não pode decidir o próprio caminho.
  Amo o sabor de sentir o que o coração manda, mesmo que não se encaixe nos padrões, mesmo que não seja o indicado...enfim, amo o gosto da dor de ter tentado mesmo que não tenha conseguido.
  Aquele perfume que não é de marca nem de frasco, mas o cheiro que fica na roupa, que fica no vento e nos sonhos quando a gente lembra daquele abraço.
  Amo o amor com tudo que ele tem direito: a inconstância do outro, o mau humor matutino, as surpresas, o ciúme bobo, a saudade, o cafuné, a tarde preguiçosa de domingo, com pijamas e guloseimas o dia inteiro...amo as duas metades do amor, amo as qualidades e os defeitos de quem me desperta o "bobo", quem me acorda o sorrir sem motivo.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."


 Pais morrem cedo demais, alguns filhos nem chegam a vir ao mundo, amores não são correspondidos, pessoas que admiramos nos decepcionam mesmo que não queiram, nossa saúde pode ser abalada mesmo se resolvermos morar em uma bolha..."shit happens" e nem sempre há o que fazer quanto a isso.
 Destino, carma, ciclo da vida...não importa o nome que usamos para definir aquilo que independe da nossa vontade. A verdade é que a dor também ensina...é com ela que descobrimos o tamanho da nossa força e se lutamos, se estamos dispostos a vencer o obstáculo, ao invés de optar pela fuga, ficamos ainda mais fortes depois desses acontecimentos.
 Entretanto, com essa força extra podemos endurecer um pouco, tentar matar sentimentos, ser menos humanos, menos vulneráveis, para que as coisas exteriores não nos firam tanto...alguns constroem muros de frieza e indiferença para que ninguém mais possa se aproximar, mas ainda sentem-se sozinhos e inseguros por trás de suas muralhas.
 É quase de conhecimento global a frase do revolucionário Che Guevara que dizia, em tradução livre, "é preciso endurecer, mas sem jamais perder a ternura". Ao dizer essas palavras, Che falava de suas revoluções, da liberdade que procurava conquistar em suas lutas. Porém, se pararmos pra pensar, todos estamos em constantes lutas dentro de nós mesmos, e mesmo que não estejamos determinados a guerrear pela igualdade de todos, estamos sempre brigando pra não nos sentirmos tão pequenos diante das coisas inevitáveis da vida. 
 Quem batalha e sobrevive sempre fica mais forte...mais ferido, talvez, mas com certeza conhecerá novos golpes e saberá defender-se deles no futuro. Só o que nunca podemos esquecer é de não deixarmos quem somos pra trás. Não desistirmos de nossas crenças porque algo não deu certo uma vez ou duas...não perdermos a capacidade de amar, de confiar, de conviver..de seguir em frente.
 A vida sabe ser cruel às vezes, em alguns momentos temos a sensação que não existe mais nenhuma chance das coisas melhorarem. Parece que acontecimentos negativos não sabem vir em pequenas doses, existem fases da vida que são tristeza, atrás de tristeza, de nervosismos e total incapacidade....e mesmo que não pareça mais fazer diferença, continuamos vivendo...e devemos continuar.
 São em dias como este, que podem se estender por meses e até anos, que aprendemos o sentido de "endurecer". São nessas lágrimas que estão as lições mais importantes que podemos ter...a lição que nos diz que não podemos ter tudo o que queremos, que nos diz que não controlamos o mundo, muito menos as outras pessoas. 
 E aí, podemos optar em ser controlados por toda essa raiva e mágoa e nos desligar de tudo, resolver odiar a humanidade e culpar a cada um pelo nosso sofrimento. Alguns até se vingam, como se a própria dor pudesse ser anulada pela dor do outro.
 Ou então, podemos ser mais resistentes, não nos iludirmos com tanta facilidade, podemos entender que toda a vida tem um fim, mas que todo o sofrimento também pode ter. Podemos continuar acreditando no amor, podemos tentar ter outro filho ou entender que o amor sobrevive mesmo após a morte...Enfim, podemos, e devemos, ser mais duros com a vida, mas sem nunca perder a doçura de termos sentimentos, de sermos felizes e lutarmos por aquilo que nossos corações um dia acreditaram. Porque talvez o Sol resolva brilhar de novo em nossas vidas amanhã...

 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Quem tem medo de ser feliz?


"Não pense que eu não desejei, 
Não diga que eu não quis,
É só que eu me assustei ao me ver tão feliz"

 Sempre há algo que tememos em nossas vidas. Isso pode ser do mais simples, como medo de aranhas ou do escuro, ou de coisas estranhas, como medo de palhaços ou de borboletas. Alguns tem medo da solidão, outros da pobreza, alguns temem a morte e muitos parecem temer a própria vida.
 Em alguns casos o medo é algo até bom, salva nossas vidas muitas vezes, nos impede de fazer muita coisa estúpida, problema é quando ele toma conta de nossas vidas, é quando ao invés de fazermos algo com cautela, deixamos de fazer algo importante pra não corrermos nenhum risco.
 Mas o que considero mais perigoso é o medo da felicidade. Por mais contraditório que possa parecer, ser feliz é o que mais causa temor em algumas pessoas.
 São estas pessoas que buscam, lutam por alguma coisa e quando conseguem, não sabem o que fazer com ela.
 São aquelas pessoas que sabem exatamente quem as faz ficar bem e fogem delas como se fossem fantasmas. Já vi isso algumas vezes, já vivi isso outras tantas. Tanto, que da última vez eu previ exatamente o que aconteceria, antes mesmo que reatar certos laços, já pude avisar, "vamos viver tudo que há de bom nisso, mesmo sabendo que quando não tiver como ficarmos melhores juntos, tu vai sumir de novo, vai fugir", dito e feito.
 Mas afinal o que dificulta tanto? Por que buscar a felicidade acaba sendo mais fácil do que tê-la em mãos?
 Talvez seja medo de que a vida esteja em seu clímax ali e não tenha nada de melhor depois, nenhum motivo pelo qual lutar. Não é assim, a vida traz desafios todos os dias, sempre há outros aspectos a serem melhorados. Conseguiu ser feliz no amor? Ainda tem o trabalho. Alcançou o cargo que tanto sonhava? Ainda tem a família, ainda tem nossa evolução, nossa espiritualidade. Sempre vai ter com o que se preocupar, e mais ainda, sempre vai ter como melhorar.
 Se não for medo, mas a impressão de que se temos algo tão bom ali, talvez haja algo melhor ainda lá fora, tudo bem, talvez haja mesmo. Mas depois de testar isso uma, duas vezes, acho que já chega. Talvez seja o melhor pra outra pessoa, mas, por mais impressionante que seja, na maioria das vezes o que é melhor pra nós já está em nossas mãos. Dá pra exemplificar isso bem fácil: Uma Ferrari com certeza é melhor que um Gol, mas se não tivermos como bancar a manutenção dela, vai acabar se tornando um problema e assim o carro popular vai ser perfeito. Pode ter pessoas mais bonitas lá fora, mas que não gostam das mesmas coisas que você, pode ser mais fácil estar com essa ou aquela pessoa, mas ela nunca vai te fazer sentir o que aquele ser inconstante que você tanto adora faz.
 Já ouvi que é medo do desconhecido, de não saber lidar com aquela situação. Mas é felicidade! A gente percebe que é ela, a tal da felicidade, justamente quando é simples, justamente quando não se precisa de rótulos, quando a necessidade de explicar é quase insignificante diante da paz que estamos sentindo. Ser feliz é fácil, é só nos permitirmos.
 Chega uma hora que temos que acreditar. Podemos ser felizes, é possível, é permitido, é pra isso que estamos aqui.
 O melhor pra nós é aquilo que nos faz bem, por mais estranho que seja, por mais difícil que seja.
 Será que não é hora de encarar? Será que não é agora a nossa vez?

sexta-feira, 22 de junho de 2012

E qual a vantagem de tirar as coisas das mãos dos outros?!


   A verdade é que todos nós já perdemos ou vamos perder coisas que amamos uma hora ou outra. 
   Pode ser que seja a pessoa que imaginamos que ficaria conosco por toda a vida ou uma oportunidade grande em que alguém foi mais rápido ou mais qualificado e "arrancou" de nossas mãos, enfim, várias coisas que queríamos muito e não conseguimos e então esse algo especial acaba caindo nas mãos de outro.
   Mesmo a pessoa mais realizada que já ouvimos falar já perdeu ou não alcançou algo que desejava, faz parte da vida. Depende de se ter mais sorte, com certeza, mas principalmente de correr atrás do que se quer e de continuar cuidando com carinho depois que se conquista. 
   Não só no amor, mas em qualquer área da vida, temos que conquistar aquilo que prezamos todos os dias, nem o dinheiro gosta de ser tratado com desprezo e naquilo que envolve pessoas se precisa de mais cuidado ainda.
   Então eu me pergunto, qual a vantagem em atrapalhar a felicidade dos outros?!
   Tentar tirar das pessoas aquilo que elas conseguiram, não significa que essas coisas vão vir pras nossas mãos. Já era seu? Se enfiar no meio do caminho só vai dificultar ainda mais que retorne para você e ainda mais, vai fortalecer a relação do outro com a sua conquista. 
   Seu ex namorado(a) tem um novo amor? Fazer de tudo para que eles briguem, não vai trazê-lo de volta, mas o risco de acabar  fazendo com que a relação dos dois fique ainda mais intensa com as lutas diárias pra fazer dar certo, mesmo em meio às adversidades, é muito grande.
   Alguém ganhou aquela promoção que você tanto almejava? Até se consegue fazer com que a pessoa perca a vaga através de sabotagens e intrigas, mas se você não conseguiu antes dela esse cargo, talvez tenha sido porque você ainda não estava preparado, não quer dizer que vai conseguir se manter nele. Ou pior, já pensou que podia haver algo bem melhor esperando por você lá na frente?!
   Tive que escrever sobre isso como um desabafo mesmo, chega uma hora que cansa ver tanta gente com a mente pequena, achando que vai roubar a felicidade das mãos dos outros, destruindo aquilo que as pessoas conquistam e acreditando que só por isso serão mais felizes.
   Não. Não serão mais felizes. Já vivi isso em algumas situações. Talvez até consigam, como já conseguiram, me deixar mais triste por um tempo, mas depois que aquela decepção passou eu sempre encontrei coisas ainda melhores do que as que eu tinha antes e essas pessoas ainda estão no mesmo mundinho, sofrendo ainda mais pra conseguir segurar aquilo que não era delas por direito, ou descobrindo do pior jeito que era "ouro de tolo", não tinha valor algum.
   Perdeu algo? Tem o direito a tentar reconquistar por méritos. Se conseguir, isso prova que de fato era seu. Mas se não voltou pra você, siga em frente, porque todos temos o direito de sermos felizes, e se gastar a sua vida fazendo com que seus desafetos tenham mais tristezas, não vai sobrar tempo nenhum pra correr atrás da própria felicidade.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

E o tempo...anda na velocidade certa?!


Todo mundo já teve um dia em que suplicou para que o tempo andasse mais rápido, seja no final de uma aula chata ou para acabar logo aquela janta de família, onde as tias não param de perguntar "e o namorado(a)?".
Posso afirmar que também todos já tivemos aqueles momentos em que queríamos que o tempo parasse, para aproveitar com detalhes cada segundo de um abraço, de uma conversa...de uma boa companhia.
Mas sentir as duas coisas ao mesmo tempo é novidade pra mim. Agora eu divido meus minutos entre "passa, tempo, passa!" e "ai, tomara que demore!". 
A ideia de fazer aquilo que o coração manda sempre foi um dos meus lemas, o que sempre tentei seguir pra mim e também frequentemente o conselho que dei a quem me pediu opinião sobre algum dilema da vida. 
Entretanto, o falar é muito simples: Siga seu coração! O que qualquer fada madrinha diz para sua protegida. Mas nossos corações, nossos sentimentos e as "drogas" que o organismo manda para o cérebro quando estamos apaixonados, excitados ou amedrontados nos fazem querer coisas um pouco mais loucas que o habitual. 
Nossas mentes acostumadas à rotina nos dizem para aproveitar o que a vida está dando de bom, descansar e com certeza não arriscar. Enquanto nossas emoções quando estão agitadas nos fazem querer o impossível, saltar em abismos sem ter certeza de que encontraremos o chão; não hesitar.
E bem no meio dessa ponte, indo em direção aos meus devaneios, que estão prestes a tornarem-se realidade, estou eu. Não em dúvida, porque tenho certeza que quero seguir em frente, mas com todos os medos do mundo querendo me alcançar antes do destino. 
Quando se está certo de que a vida vai mudar completamente, é impossível não pensar em todos os riscos, em cada partezinha do cotidiano que não vai mais estar tão presente. E quando a mente não para, e começa a encher minha alma de receios, vem aquela sensação de que o tempo deveria se arrastar para que eu pudesse me acostumar e me preparar mais.
Porém no mesmo instante eu me lembro do motivo que está me encorajando a tal mudança, penso em como vale a pena superar os obstáculos quando a recompensa é tão gratificante.
Saber que posso ser feliz ao lado de alguém que apesar de toda essa confusão do mundo, tem como uma de suas prioridades amar, me faz querer que o relógio acelere e que eu possa estar em seus braços em um piscar de olhos.
Acelera! Paralisa! Voa! Enraíza! Não sei mais como quero que esse tempo passe. 
E só neste momento, que tanto custou pra chegar e que sei que alguns nunca encontram, onde estou exatamente no meio do caminho entre a felicidade que conheço e toda a felicidade que posso ter, é que descobri que na verdade o tempo sempre esteve na velocidade certa. Nos ensinando a ter paciência e também a valorizar...o tempo corre depressa pra que não fiquemos presos às coisas e anda lento pra não corrermos o risco de perder nada pelo caminho.
Já ouvimos que o tempo cura, que ensina, que apaga, que define, que une, que separa...tantas coisas. 
A verdade dos outros nem sempre é a nossa verdade, não adianta traçar nossas vidas pelo que as pessoas dizem. 
Mas o tempo sim, este podemos ouvir porque ele fala com cada um de nós. Este sim nos mostra o caminho a seguir, e tudo o que temos que fazer é respeitá-lo. Ele não muda o seu jeito por opiniões, não anda em outro ritmo porque ouviu críticas, o tempo só segue...E entre cada tic tac ele nos dá a chance de viver nossas vidas ouvindo nossos corações, que às vezes pode até ser confundido com o som de um relógio...

terça-feira, 20 de março de 2012

Um pouco de mim... Talvez, um pouco de você


Não é que eu escolha sempre os sonhos mais distantes, as coisas mais difíceis...eu apenas não me contento com pouco. Se há alguma chance de transbordar, porque viver com o copo "meio cheio"?!
Eu não sou apaixonada por desafios, muito pelo contrário, adoraria que as coisas fossem mais simples. Mas não me importo nenhum pouco em ter que me esforçar pelo que quero.
Morro de medo de mudanças, sou nervosa, insegura às vezes (ouvi dizer que é por isso que mexo tanto no cabelo =P). Sou daquele tipo de pessoa que pensa em todas as consequências possíveis antes de fazer uma escolha, isso significa que eu sempre sei como e onde há a possibilidade de quebrar a cara, mas não uso isso como desculpa para desistir, apenas para tentar optar pelo melhor caminho, um que diminua as chances de dar tudo errado. Normalmente dá tudo errado assim mesmo, então é só recomeçar...
Eu nunca vou poder me arrepender por não ter tentado, eu sempre tento, sempre corro atrás daquilo que me faz sentir viva. Já fui chamada de louca por largar coisas que muitos queriam em troca de algo muito menor aos olhos dos outros, mas pelo qual eu sempre fui apaixonada "Porque eu sou feita pro amor da cabeça aos pés"...
Não importa quão distante esteja, podia estar no Pólo Norte e eu ainda assim acreditaria, ainda assim fecharia meus olhos e conseguiria sentir o cheiro, o gosto, o som do que/quem eu queria perto de mim agora.
E como não sou apaixonada por desafios, quando consigo realizar algo, isso não perde nenhum pouco a graça, fica melhor! Cuido com todo o carinho pra não perder, valorizo por cada noite que sonhei sem ser realidade, por cada lembrança que tive em momentos nada prováveis, por tudo que imaginei e não aconteceu.
Nunca tiro meus pés do chão, como autêntica capricorniana que sou, mas aquilo (ou aquele) que me deixar com a cabeça nas nuvens, com certeza merece tudo que estiver ao meu alcance pra ser conquistado.